Aquele em que nada aconteceu

Olá galera

Há tempos não escrevo... também há tempos nada de muito fantástico tem acontecido.

Como há tempos o encanto está ausente, sexta-feira as três codornas resolveram sair pra colocar a conversa em dia e pra ver se algo de repente acontecia.
Uma noite carioca, trajes alá Bahia e uma falta de opção de interior de São Paulo.
Uma das meninas sugeriu um bar do outro lado da cidade e meu carro no fio da gasolina.
De repente no meio do caminho descubro que o cara que veio domingo passado pregar que um novo dilúvio aconteceria tava certo!
Já não dava pra ver mais nada e pra ajudar liguei o tal do ar quente. Duas frangas ao forno motorizado.
Pra ajudar a cada raio, lindo de ver e próximo de assustar, eu tinha que suportar os gritos da loca. O jeito? Gritar junto tipo montanha russa.
A essas alturas a maquiagem já tipo ido pro inferno.
A chuva aumentou tanto que eu tive que parar. A única rua possível tinha uma árvore centenária por casa. Coitado do meu anjo da guarda...muito trabalho.
O pior era saber que a terceira mosqueteira tava sozinha passando pelo mesmo perrengue do outro lado da cidade.
A solução era esperar. Pra acalmar a loca pensei em ligar uma música. Só tinha Legião Urbana no meu carro, logo....jáaaaaaaa que você não está aqui o que posso fazerrrrr.......cavalos marinhosssssssss.

O mais ironico era pensar que quando eu tinha vinte e menos eu não me importava se tinha que atravessar o mar Vermelho pra chegar na balada. Tudo fazia parte do pacote.
Filas intermináveis pra pagar a conta eram lugares ótimos pra fazer amizade. Agora qualquer coisa me irrita, me estressa, me faz pensar que eu poderia estar em casa.
Será que isso é o tal do amadurecimento?

Um bom tempo depois a chuva passou e chegamos pingando no tal do bar.
Em minha defesa digo que minha chapinha tava intacta, mas algumas pessoas sentiram vergonha só porque coloquei a bolsa na cabeça!!
A conversa foi ótima, o ambiente bom, e a comida geração Coca-Cola excelente mas nada aconteceu.
Isso quer dizer que: gastamos um tempo precioso de nossas vidas no perrengue X graças que não boiamos na enchente.
Não foi tempo perdido... somos tão jovens... tão jovens.....

As vezes quando nada aconteceu é porque nada precisava acontecer.

Bjs Dani